sábado, 18 de outubro de 2008

Pirarucu - A Lenda

Pirarucu era um índio que pertencia a tribo dos Uaiás que habitava as planícies de Lábrea no Sudoeste da Amazonia. Ele era um bravo guerreiro mas tinha um coração perverso, mesmo sendo filho de Pindarô, um homem de bom coração e também chefe da tribo.
Pirarucu era cheio de vaidades, egoísmo e excessivamente orgulhoso de seu poder. Um dia, enquanto seu pai fazia uma visita amigável a tribos vizinhas, Pirarucu se aproveitou da ocasião para tomar como refém índios da aldeia e executá-los sem nenhuma motivo. Pirarucu também adorava criticar os deuses.
Tupã, o deus dos deuses, observou Pirarucu por um longo tempo, até que cansado daquele comportamento decidiu punir Pirarucu. Tupã chamou Polo e ordenou que ele espalhase seu mais poderoso relâmpago na área inteira. Ele também chamou Iururaruaçú, a deusa das torrentes, e ordenou que ela provocasse as mais fortes torrentes de chuva sobre Pirarucú, que estava pescando com outros índios as margens do rio Tocantins, não muito longe da aldeia.
O fogo de Tupã foi visto por toda a floresta. Quando Pirarucu percebeu as ondas furiosas do rio e ouviu a voz enraivecida de Tupã, ele somente as ignorou com uma risada e palavras de desprêzo. Então Tupã enviou Xandoré, o demônio que odeia os homens, para atirar relâmpagos e trovões sobre Pirarucu, enchendo o ar de luz. Pirarucu tentou escapar, mas enquanto ele corria por entre os galhos das árvores, um relâmpago fulminante enviado por Xandoré, acertou o coracão do guerreiro que mesmo assim ainda se recusou a pedir perdão.
Todos aqueles que se encontravam com Pirarucu correram para a selva terrivelmente assustados, enquanto o corpo de Pirarucu, ainda vivo, foi levado para as profundezas do rio Tocantins e transformado em um gigante e escuro peixe. Pirarucu desapareceu nas águas e nunca mais retornou, mas por um longo tempo foi o terror da região.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Polícia Federal apreende mais de 800 pássaros silvestres no sábado

Ao todo, quase 800 aves estavam em caixas de madeira e papelão, dentro de um ônibus. Alguns pássaros são de espécies em extinção. A polícia federal prendeu quatro pessoas.

Os pássaros foram apreendidos pela Polícia Federal em um ônibus que estava parado em um posto de gasolina, na Rodovia Presidente Dutra, na saída da Linha Vermelha. Entre as aves silvestres, havia tico-tico, corrupião, trinca-ferro e papagaios.
Algumas chegaram mortas à sede da Polícia Federal, no Centro do Rio. As aves são do sul da Bahia e seriam vendidas na feira de Caxias, na Baixada Fluminense. Quatro pessoas foram presas em flagrante. Um deles, identificado como Jairo José Alvez dos Reis, seria o maior traficante de animais do estado, segundo a Policia Federal.
Os presos vão responder pelos crimes de receptação qualificada, formação de quadrilha e crime ambiental. Se forem condenados, eles podem pegar de 4 a 11 anos de prisão. Os pássaros foram levados para o Centro de Triagem de Seropédica e serão devolvidos à natureza assim que se recuperarem.
Esta foi a segunda apreensão de pássaros na Rodovia Presidente Dutra, em menos de uma semana. Na última quinta-feira, a polícia apreendeu 200 filhotes de papagaio.
As aves estavam em uma van, que vinha de Minas Gerais. Os filhotes eram transportados em caixas de papelão. Segundo a polícia, também seriam revendidos em feiras na Baixada e no subúrbio. O motorista da van, Fabiano de Jesus Santos, foi preso em flagrante por crime ambiental e contrabando de animais silvestres.
“Quem adquire um animal silvestre também comete um crime e alimenta o tráfego de animais e alimenta a crueldade com os animais e a destruição do meio ambiente”, afirma o delegado da Polícia Federal Alexandre Silva Saraiva.
Por isso, é sempre bom ter referências quando for comprar qualquer bicho de estimação. É preciso saber se a loja está licenciada para comercializar os animais. Segundo a Polícia Federal, só nos últimos três meses foram mais de 1,3 mil aves apreendidas no estado do Rio.
Para falar mais sobre o assunto, a repórter Susana Naspolini conversou o delegado do Meio Ambiente da Polícia Federal, Alexandre Silva Saraiva. Ele informou que metade dos pássaros que foram apreendidos ontem morrereu, por causa da viagem e dos maus tratos.
Repórter – Apesar da notícia triste, mas vocês conseguiram salvar metades dos pássaros graças a uma denúncia anônima que avisou sobre o tráfico. É importante que as pessoas participem?
Alexandre Silva Saraiva – É importante a participação de toda população nesse tipo de crime. A polícia trabalha com base nas informações que nos são passadas.
Agora, se a pessoa for comprar um bicho. Ela vai na loja para comprar o animal. De que forma ela pode se garantir de que não está levando para casa um animal ilegal que passou por tudo isso?
O ideal é não adquirir animal silvestre. O lugar de animal silvestre é solto na natureza. Mas se a pessoa mesmo assim queira ter um animal silvestre, ela deve conferir junto ao Ibama se esse animal veio de um criadouro autorizado.
Nessa prisão de ontem, quatro pessoas foram presas. Entre elas, estava um dos maiores traficantes de animais do estado. Ele está preso?
Com certeza, ele é uma das pessoas que tem maior influência no tráfico de animais no estado do Rio de Janeiro e ele está preso.
O que diz a lei sobre isso?
A legislação ambiental diz que é crime ter um animal silvestre, ter um depósito, transportar, comprar, vender, sem licenciamento do Ibama. Esse crime dá cadeia.
Quem quiser colaborar e denunciar o tráfico de animais, o telefone é 2203-4030.
Para assistir o vídeo:
http://rjtv.globo.com/Jornalismo/RJTV/0,,MUL796114-9101,00.html