quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Editorial: Pela vida do rio Meia Ponte


Os ambientalistas e os que respeitam a natureza só podem ficar desolados com a constatação de que o Meia Ponte está com a sua vida comprometida pela poluição, que ataca este rio, atualmente, em toda a sua extensão de 430 quilômetros.
Conforme mostrou reportagem deste jornal na edição de ontem, a poluição das águas do Meia Ponte se agrava a um grau elevadíssimo no trecho em que banha Goiânia, mas o rio sofre desde a sua nascente, no município de Itauçu, até a sua foz, quando deságua no Paranaíba.
O Meia Ponte e os tributários que ele acolhe na região de Goiânia foram determinante fator na escolha dessa área para a mudança da capitão do Estado. A abundância de água pesou fundamentalmente nas considerações da comissão que recomendou a escolha da área para a construção de Goiânia.
O Meia Ponte contribuiu, portanto, com grande benefício. Muito lamentável que, passados mais de 70 anos, esteja sendo sacrificado tanto por esta ligação com espaços de grande ocupação demográfica, à medida em que se aproxima da capital do Estado.
Se a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) não conseguiu despoluir na escala esperada, o que fazer? Esta desafiadora indagação tem de buscar resposta, e com muita urgência, numa mobilização para salvar o rio que comece pela adoção de medidas impositivas, mas que não estão sendo sequer cogitadas ainda. É hora de começar.

Fonte: www.opopular.com.br - 18/09/2008

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